terça-feira, 26 de dezembro de 2017

A livraria dos Destinos, de Veronica Henry



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Recentemente, acabei de ler o livro "A livraria dos Destinos", da autora Veronica Henry. Foi uma feliz coincidência! Encontrava-me na FNAC nos Armazéns do Chiado e queria comprar um livro para ler, mas de uma autora diferente, alguém que eu não conhecesse. Primeiro, esbarrei com o livro "Larga quem não te agarra" do escritor Raul Minh'alma que também acho muito interessante. Trata-se de vários textos, com uma tema principal que depois é desenvolvido pelo autor. Ainda não foi desta vez que o comprei mas está entre os próximos que vou comprar, de certeza! Depois de vaguear um pouco mais pelas prateleiras cheias de histórias e emoções da FNAC, encontrei este livro. Não conhecia a autora mas a história aliciou-me bastante. E acabou por ser uma agradável surpresa! Até vos digo mais, este livro transformado numa série com várias temporadas e com a história mais desenvolvida, seria um enorme sucesso! Mas vamos ao que importa: a minha review do livro.

A ação do livro transporta-nos para a cidade de Peasebrook, na Inglaterra, onde Emília Nightingale viveu quase toda a sua vida, até se mudar para Hong Kong em trabalho. O seu pai, Julius Nightingale, é dono da livraria Nightingale Books - o seu grande sonho que conseguiu alcançar quando Emília ainda era apenas uma bebé. A mãe de Emília, Rebecca, morreu durante o parto deixando Julius sozinho a criar a menina. Foi um inicio de vida atribulado, visto que Rebecca e Julius eram bastante novos quando se conheceram e a família de Rebecca não aceitou a sua gravidez. Quando Rebecca morreu aos 19 anos, o seu pai informou Julius que não queria saber da evolução da pequena Emília e cortou ali os laços que poderiam haver entre as duas famílias. Na minha opinião, esta ideia poderia ser mais explorada, visto que é a única informação que temos acerca de Rebecca. No decorrer do enredo, Emília não fala sequer na sua mãe (o que também é compreensível) mas poderia haver alguma curiosidade da sua parte em conhecer os avós maternos.

O inicio do livro transporta-nos para o dia em que Julius morre. Já debilitado na sua cama de hospital, Julius luta pela vida recebendo todos os dias a visita da sua querida filha. É um cenário um tanto assustador, pois Emília sente-se sozinha e sem ninguém a quem recorrer. Quando Julius morre, Emília sente um grande vazio e depressa entende qual será o seu destino: tomar conta da Nightingale Books, como era desejo do seu pai. No entanto, as coisas não foram tão fáceis como pareciam no inicio. A livraria estava endividada; precisava de bastantes reformas para atrair mais clientes e o dinheiro para investimento também não era abundante. Para dificultar mais as coisas, Ian Mendip queria a todo o custo comprar a livraria e aumentar o seu património.

Depois de vermos como a morte do pai afetou profundamente Emília, começa a desenrolar-se toda a história de Peasebrook. A escritora esmiúça cada personagem e seu pensamento/ambição, relações extra-conjugais, casamentos seguros por um fio, casamentos já destruídos, amizades duradouras, paixões escondidas e timidez profunda. Tudo isto num misto de emoções e cumplicidade que só uma cidade pequena como Peasebrook pode entender. E cabe-nos a nós, caros leitores, entender todas estas histórias e avaliá-las com o coração. Sim, porque há muitas histórias em livros que só podemos entender com o coração e por vezes, ter opiniões ambíguas sobre elas.

Emília sente-se encurralada, sem saber o que fazer: deve manter a livraria ou vendê-la? Uma livraria que conta a história de cada morador de Peasebrook, que entre as suas estantes conta histórias de amor e de amizade, que conhece os seus clientes melhor que ninguém. Ao longo do decorrer da ação, observamos os sentimentos contraditórios de Emília em relação à livraria, até ao dia em que acontece uma enorme inundação e Emília é forçada a tomar a decisão de vender pois não tem dinheiro para pagar a reparação do edifício. Contudo, o aparecimento de uma personagem inesperada com uma revelação chocante para Emília faz toda a diferença no seu destino.

Emília acaba eventualmente por se apaixonar e, claro, tenho que tecer um comentário sobre esta relação. Acho que foi muito apressada. Podia ler-se mais algumas situações entre os dois personagens que nos ajudassem a entrar no espírito da relação de ambos. 

Podia desenvolver muito mais... Mas o meu objetivo é deixar-vos com "a pulga atrás da orelha" para lerem este maravilhosos livro! Tenho pouquíssimas criticas a tecer sobre ele e acho que é uma leitura deliciosa. Tão deliciosa assim que demorei apenas dois dias a lê-lo. Estava tão bom que não conseguia largar! Aconselho vivamente! 

Acho também que o titulo é bastante adequado. "A livraria dos destinos" é o titulo perfeito porque ao longo do livro, conhecemos tantas personagens e a maior parte delas descobre ou conclui o seu destino naquela livraria, dirigida por Emília.



E esta foi a minha primeira review! Gostaram? Têm curiosidade em ler este livro? E aconselham-me algum? Já estou a preparar a próxima review. Aguardo pelas vossas opiniões e comentários.

Keep Calm and Read Books,
Booky Becca

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